Você tem fome de quê?
Existem vários tipos de fome, a fome física busca por alimentação.
A fome emocional busca por agitação, adrenalina, aventura, segurança e nunca está saciada, causando a ansiedade exagerada.
Ansiedade faz parte dos nossos instintos mais primitivos, porque é um sinal dos nossos neurônios que precisam agir em estado de perigo: fugir ou atacar diante de um predador.
Quando a ansiedade é exagerada isso significa que os nossos neurônios estão liberando hormônios em quantidade excessiva para dar conta do que “supostamente entendemos como perigo”.
A ansiedade exagerada não permite que o indivíduo conheça o seu verdadeiro ritmo interno, precisa estar sempre no futuro, sempre à frente de algo, sempre tentando sanar uma expectativa que muitas vezes está além da sua realidade.
Casos graves de ansiedade podem causar palpitação no coração, falta de ar e sentimentos de frustração e culpa por nunca alcançar as expectativas criadas por essa “fome”.
É comum nos depararmos no processo terapêutico com pessoas que herdaram a ansiedade dos seus pais, no período da gestação.
Crianças com muitas funções e que precisam dar conta de muitas questões na primeira infância, já desenvolvem uma ansiedade exagerada, saindo do seu ritmo natural.
A cura da ansiedade encontra um dilema: qual a diferença entre o que eu sou e em quem me tornei?
Vivo e respiro na frequência das exigências mundanas ou posso escolher conhecer o meu ritmo, a minha frequência cardíaca, a minha respiração, o meu jeito de agir e ser e, o mais importante, o meu jeito de viver o presente? Em que momento a minha alma foi fragmentada para dar conta das expectativas nunca alcançadas?
Durante o processo terapêutico vamos identificando em que momento esse elo consigo se perdeu e vamos recuperando o ritmo interno na frequência que é de cada indivíduo.
Aprendemos a sanar a fome do hoje, das necessidades do agora.
Olá, eu sofro de ansiedade há muitos anos e gostei muito do texto acima.